Amálgama do eu sozinho
Foto: Paula Martins
Angustia
De parir arte,
de amar alguém,
de sumir no mundo,
e conhecer ninguém,
e todo o mundo só.
Impaciência perseverante
que não sai nem desafoga.
Olhar para o lado
e não ver ninguém.
Olhar para trás
e não ver o eu.
Olhar para frente
sem saber o que se vê.
Todos os laços escangalhados
na solidão de ser
e não ser ninguém,
e tribo não ter
e ser cacique de si mesmo.
O bom e o ruim
se confundem nessa
oca das esperanças
parindo esse amalgama
dentro de um eu sozinho.
De parir arte,
de amar alguém,
de sumir no mundo,
e conhecer ninguém,
e todo o mundo só.
Impaciência perseverante
que não sai nem desafoga.
Olhar para o lado
e não ver ninguém.
Olhar para trás
e não ver o eu.
Olhar para frente
sem saber o que se vê.
Todos os laços escangalhados
na solidão de ser
e não ser ninguém,
e tribo não ter
e ser cacique de si mesmo.
O bom e o ruim
se confundem nessa
oca das esperanças
parindo esse amalgama
dentro de um eu sozinho.