Delírios
Na quebrada
da solidão envergada
inverto o domínio tosco
de minha morada vã
sentindo fluir o vento
sendo só
meus cabelos
aplacados pela mão leve
delicada mão ardente,
caricia dominando o pulso
sofrendo leve desconforto
sob o doce olhar profundo
de quem reflete as lentes
dormentes do mundo
no frio
carregado de estrelas cadentes
morro abaixo
estremeço
e impeço o delírio
de viver trôpego
e moribundo.