Ao invés de rosas (e espinhos), uma mandala!


Ao invés de rosas e espinhos, uma mandala, é o que ofereço a todas as mulheres nesse dia de luta, nosso dia de luta, embora a luta se dê em todos os 365 dias do ano, por que ela é diária, é incessante, e mesmo quem acha que não luta, de alguma forma, da sua forma também está lutando.
Fiz uma mandala livre sem formas pré definidas, meditei e coloquei nela toda a minha intenção, a minha vontade, tudo que desejo para mim e para todas as mulheres. Simplesmente ela veio, e veio assim, como uma ciranda irradiando cores.
Com o laranja, eu emprego nessa ciranda de mulheres, a liderança, a ação, o poder, o laranja é uma mistura de vermelho e amarelo, que para mim representam respectivamente a força e alegria.
O vermelho representa a mulher, sua fertilidade, seu sangue, mesmo que ela opte por não gerar, toda mulher gera, gera arte, gera amor, gera ideais, gera a vida em todo o seu significado. No seu útero, a vida tem morada, mesmo que ela não gere um filho.
Diria o senso comum que o verde representa a esperança, pode ser. Mas para mim, verde é a mata, é a natureza, é a grande mãe, é a essência de todas as mulheres, é elas serem o que cada uma delas são, é simplesmente ser. É também a esperança, sem duvida, de ver essa grande mãe não ser destruída, assim como a esperança de ver todas as mulheres empoderadas, e de que um dia não precisemos desse dia, nem de leis como a da Lei Maria da Penha, ou do feminicídio, por que há a esperança de que esses crimes, um dia não existam mais. A esperança, ah essa é a ultima que morre.
Amarelo, me inspira alegria, a alegria de uma criança, de uma mulher que gera uma criança, e que um dia foi também uma criança, me lembra também, para não esquecer, que essa criança, não morre, mesmo que um dia ela não tenha vivido, mesmo que um dia ela tenha sido adultizada, ela tenha sido precocemente mulher, por que essa criança sempre esteve lá, sempre.

O roxo, para terminar ou para encerrar o circulo e emanar ou mesmo assegurar a transformação, a transmutação do sofrimento em poder, é o desejo de colocar nesse circulo, amor, alegria, ação e poder, esperança, a essência. Colocar todas as mulheres, de todas as etnias, credos, ideais, orientações sexuais,.....todas elas juntas, em uma ciranda de sororidade, uma irmandade, rumo á uma sociedade que respeite as diferenças, e por isso mesmo uma sociedade igualitária. 

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